A
“esquerda” triunfou nas eleições no Brasil e no Uruguai para realizar e aplicar o
programa da direita.
O
governo Dilma representa os interesses da burguesia e do grande capital
nacional e internacional. Os grandes bancos promovem a política de ajuste para
garantir seus grandes lucros através do pagamento dos títulos da dívida pública
(do qual são os grandes possuidores) e do aumento da taxa de juros (que, entre
outras coisas, aumenta diretamente o montante da dívida interna). A
grande quantidade de escândalos que se desenvolvem, apenas demonstram que a
burguesia foi a grande financiadora desse governo, assim como, dos governos que
a precederam. Os governos estaduais representam a mesma disputa política por
“negócios” escusos com a grande burguesia e seus acólitos. O regime político
está em uma crise política profunda que atinge principalmente o executivo, ou seja o governo Dilma, mas o legislativo e o
judiciário também são afetados diretamente pela rejeição popular e pelos escândalos que contaminam, como uma epidemia, todos os partidos burgueses que dão sustentação ao regime e ainda os que representam supostamente uma "oposição". O Congresso tenta aproveitar-se da atual crise para colocar o
governo Dilma como refém do poder legislativo e de suas inúmeras camarilhas
oligárquicas, burguesas e reacionárias. Toda oposição que o Congresso realiza é apenas um jogo de cena para, no final das contas, saber quanto, como e o que, o setor majoritário (que comanda o Congresso) irá ganhar. As composições fisiológicas que se desenvolvem, na Câmara e no Senado, ultrapassam qualquer romance de literatura fantástica.
A crise de regime não será amenizada por nenhuma das variantes políticas que podem desenvolver-se no futuro político imediato, ao contrário, sob todos os aspectos essa crise irá aprofunda-se e acentuar-se, não importa se com ou sem transição política. Mesmo uma tentativa de "união nacional" entre as forças da situação e da oposição não conseguiria amenizar o tamanho da crise (por esse motivo essa variante está descartada, como disse FHC em recente entrevista), e poderia, ao contrário, colocar toda a política burguesa em um só bloco, o que potencializaria a enorme rejeição das massas. A superação da crise só pode ser construída por uma alternativa classista da esquerda e dos trabalhadores.
A crise de regime não será amenizada por nenhuma das variantes políticas que podem desenvolver-se no futuro político imediato, ao contrário, sob todos os aspectos essa crise irá aprofunda-se e acentuar-se, não importa se com ou sem transição política. Mesmo uma tentativa de "união nacional" entre as forças da situação e da oposição não conseguiria amenizar o tamanho da crise (por esse motivo essa variante está descartada, como disse FHC em recente entrevista), e poderia, ao contrário, colocar toda a política burguesa em um só bloco, o que potencializaria a enorme rejeição das massas. A superação da crise só pode ser construída por uma alternativa classista da esquerda e dos trabalhadores.
Os
ministros do governo Dilma são a expressão profunda da política de
fortalecimento do grande capital da direita: Eliseu Padilha (ex ministro de
FHC), Alexandre Tombini (ex FMI), Joaquim Levy (ex FMI e do governo FHC), Kátia
Abreu, Gilberto Kassab, Afif Domingos, etc, etc. Diante da crise outros setores
da política burguesa e da direita aproveitam-se da insatisfação popular (em
especial da pequena burguesia), para tentar derrubar o governo no “grito”, os
setores mais organizados da burguesia utilizam-se desse recurso apenas como
“moeda de troca” e “pressão” na luta por seus interesses.
Devemos
deixar claro que a base social que comanda a política dos principais partidos
políticos da situação e da oposição (PT, PMDB, PSDB e seus satélites) são
financiados e defendem (com suas variações e seus diversos matizes
programáticos) a política da grande burguesia e do capital nacional e internacional.
Acreditar na tese de que estamos diante da luta de dois pólos antagônicos entre
o PT e a “direita” somente levará a que a maioria dos setores explorados (em
especial a classe trabalhadora e o proletariado) sigam na função de reboque
político de um dos lados da disputa.
A
criação de um polo classista que se oponha contundentemente ao submetimento dos
trabalhadores ao grande capital é a única perspectiva para a superação do atual
impasse político que submergimos. Qualquer outra alternativa levará a um fortalecimento
dos setores burgueses que dominam o nosso país através dos partidos que
sustentam o regime político vigente. A crise está colocada, sua superação
depende da disposição de organização e luta das massas, de sua juventude e
principalmente do proletariado. Dialeticamente uma crise coloca diante das
massas os elementos de sua superação, mas essa superação só será dada pela via
da luta intensa, do sacrifício e do combate. Não há soluções fáceis em grandes
crises políticas ou econômicas, adiar a luta só fortalecerá os setores que
usufruem do poder. A luta e a organização de um polo classista é o caminho para
derrotar a direita, a burguesia e seus diversos partidos. Nem burguesia, nem
colaboração com a burguesia: independência (política e organizativa) de classe
para lutar contra o grande capital e seus acólitos.
PELA
DESFILIAÇÃO DO CPERS DA CUT CHAPA BRANCA E FILIAÇÃO NA CSP/CONLUTAS – POR
OPOSIÇÕES SINDICAIS COMBATIVAS E CLASSISTAS NOS SINDICATOS DE BASE - POR UM
PLANO DE LUTAS QUE ORGANIZE E MOBILIZE A CLASSE TRABALHADORA PELAS SUAS
NECESSIDADES MAIS SENTIDAS - ABAIXO AS MP’s 664 e 665 – NÃO À EXCLUSÃO DOS
APOSENTADOS DO REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO – POR UM SALÁRIO MÍNIMO VITAL – NÃO
AO CORTE NEOLIBERAL DE DILMA/LEVY/PMDB E DO CONGRESSO NACIONAL DE BILHÕES NOS
GASTOS PÚBLICOS QUE ATINGEM BRUTALMENTE AS ÁREAS SOCIAIS: EDUCAÇÃO, SAÚDE, ETC.
- NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES! ESTATIZAÇÃO SOB CONTROLE DOS TRABALHADORES – NÃO ÀS
DEMISSÕES! FRENTE ÚNICA DA ESQUERDA CLASSISTA E SOCIALISTA PARA LUTAR POR UM
GOVERNO PRÓPRIO DOS TRABALHADORES
A
Grécia é aqui?
Os
milhares de demitidos no setor público foi uma exigência dos credores, os quais
liberaram empréstimos, que submeteram a economia à tutela do Banco Central
Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional, também conhecida
como Troika, que continua extorquindo o país mediterrâneo, agora governado pelo
Syriza.
O
Estado com a maior dívida pública do Brasil é o Rio Grande do Sul. A Dívida
Consolidada Líquida é mais do que o dobro da Receita Consolidada Líquida. Esse
endividamento se deu principalmente para o financiamento de setores do grande
capital industrial e agrário, ou seja, por uma política que privilegiou os
grandes negócios capitalistas.
Não
por acaso, o ano de 2014 encerrou com mais um ataque brutal do governo Tarso
sobre a nossa categoria: a demissão dos professores contratados. O número de
demissões de professores contratados no RS ATÉ FEVEREIRO DE 2015 CHEGOU A 4000
DEMITIDOS!!!, evidenciando o acordo entre o PT e o PMDB, “aliados” no governo
Dilma, os quais apresentam como solução para resolver a profunda crise
capitalista, a demissão em massa dos trabalhadores.
Os
governos do PSDB em São Paulo e no Paraná, Geraldo Alckmin e Beto Richa, agindo
como verdadeiros carrascos da categoria demitiram 30 mil e 29 mil,
respectivamente, professores contratados. O governo do PT, de Fernando
Pimentel, já anuncia que deverá demitir 78 mil !!!!!! professores contratados.
Essa é a regra dos governos capitalistas de “esquerda” e de direita!
Infelizmente,
existem setores que dirigem o CPERS, inclusive nos núcleos que se dizem de
oposição à atual direção majoritária do PT, que jogam água no moinho da
política dos governos que defendem os interesses dos banqueiros, acirrando a
divisão da categoria entre os trabalhadores nomeados e contratados. A categoria
deve ser defendida como um corpo único: aposentados, funcionários, nomeados e
contratados. A divisão em nossa categoria só favorece ao governo atual do
“gringo que faz”, assim como favoreceu os governos anteriores de Tarso R$ 2
milhões!!!! (da Camargo Corrêa), do governo de bandidos do déficit zero de Yeda
“Cruzes!”, e de todos os outros que vieram anteriormente, que se sucederam no
governo estadual atacando progressivamente as condições de vida dos trabalhadores
de educação e aprofundando o sucateamento do ensino público.
Os
contratos emergenciais, bem como a terceirização foram introduzidos no serviço
público tendo como objetivo uma enorme transferência de renda para os
capitalistas prestadores de serviços, a precarização das relações de trabalho,
pois são estes trabalhadores que mais sofrem na própria pele o peso da
superexploração capitalista, rebaixamento da massa salarial, e divisão das
categorias de trabalhadores.
A
precarização se dá de forma brutal nos trabalhadores de educação, que no Rio
Grande do Sul, compõem 40% da categoria, na forma de aviltamento gritante dos
salários, necessidade de cumprimento de jornadas de trabalhos extenuantes,
condições de trabalho precaríssimas, sendo que a possibilidade de a qualquer
momento serem demitidos, transforma num verdadeiro inferno a vida deste setor
da categoria.
Por
isso, NÃO HÁ TERGIVERSAÇÃO neste sentido! A margem de manobra das direções
sindicais cada vez mais diminui, proporcionalmente à intensidade da bancarrota
mundial do capitalismo. Ou essas direções se colocam intransigentemente ao lado
dos trabalhadores, defendendo a efetivação em massa de todos os professores e
servidores contratados, com a consequente extensão de todos os direitos
trabalhistas e previdenciários para os mesmos, ou estas direções se colocam do
lado dos banqueiros, das empreiteiras, dos latifundiários, etc. que são os
principais favorecidos pelas demissões em massa dos trabalhadores, tarefa essa
que está destinada ao atual carrasco de plantão, o “gringo que faz”.
A ÚNICA MANEIRA DE LUTAR CONTRA A
TERCEIRIZAÇÃO E CONTRA A PRECARIZAÇÃO DOS CONTRATOS EMERGENCIAIS DO PONTO DE
VISTA DOS INTERESSES DOS PROFESSORES E SERVIDORES CONTRATADOS É A REINTEGRAÇÃO
DOS DEMITIDOS E A EFETIVAÇÃO IMEDIATA COM A EXTENSÃO DE TODOS OS DIREITOS DOS
TRABALHADORES EFETIVOS.
Ou a TROIKA, ou os trabalhadores, não há meios termos!
Nossa
categoria é um divisor de águas no estado, tanto do ponto de vista da luta
histórica em defesa da educação como nos estreitos limites eleitorais, sendo o
principal fator de oposição dos governantes que não cumpriram com suas
promessas, como a questão do piso nacional do magistério, por exemplo, precisamos
defender intransigentemente a independência política da categoria em relação
aos governos e partidos patronais, na defesa da educação pública, laica e
gratuita, rumo a uma nova sociedade. Precisamos seguir o exemplo dos
professores estaduais do Paraná, que colocaram em xeque o governo do PSDB
de Beto Richa, e dos professores de São Paulo e Roraima, que nesse momento
impulsionam uma poderosa greve contra Geraldo Alckmin do PSDB, e Suely Campos
do PP, respectivamente.
-
TORNAR SEM EFEITO AS DEMISSÕES E EFETIVAÇÃO DE TODOS OS PROFESSORES E
SERVIDORES CONTRATADOS
-
PELA NOMEAÇÃO DOS PROFESSORES APROVADOS EM CONCURSO (RESPEITANDO A ORDEM DE
APROVAÇÃO).
-
CONCURSO PÚBLICO PARA FUNCIONÁRIOS DE ESCOLAS EM TODOS OS SETORES.
-
CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSORES AINDA EM 2015.
-
PELA NÃO PRECARIZAÇÃO DO IPE.
-
ACABAR COM O VALE-FOME DE R$ 166,00, QUEREMOS AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO DE R$ 600,00.
-
VALE-TRANSPORTE PARA FUNCIONÁRIOS DE ESCOLA E PROFESSORES SEM ESTORNO.
-
NÃO AO PARCELAMENTO DOS SALÁRIOS DO GOVERNO DO “GRINGO QUE FAZ”, “ALIADO” DO
GOVERNO DILMA/LEVY/PMDB
TRIBUNA
CLASSISTA