terça-feira, 28 de abril de 2015

DAS JORNADAS DE LUTA DO DIA 15/04 A UM 1º MAIO CLASSISTA E INTERNACIONALISTA PARA DERROTAR O AJUSTAÇO DE DILMA/PMDB/LEVY

                                                                    


Convocado pela CUT, CSP/CONLUTAS e outros setores, no dia 15/04 desenvolveu-se um Dia Nacional de Lutas contra o famigerado e repudiado PL 4330 da terceirização dos prestadores de serviços e mão de obra  promovendo um retrocesso sem precedentes nas relações de trabalho. Na semana anterior, a aprovação dessa proposta infame na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal ocorreu no marco de uma enorme repressão policial contra os manifestantes diante das portas do Congresso Nacional.

Ocorreram protestos, paralisações e piquetes em 21 estados da federação, e entre os setores mobilizados se destacaram os atos e manifestações dos operários metalúrgicos de São Bernardo do Campo e de Curitiba, professores, metroviários, rodoviários, etc. Todos estes setores protagonizaram importantes lutas. Se as jornadas não lograram maior  contundência, deve-se ao papel da CUT, um braço da coalizão burguesa e pró-imperialista, que resiste a convocar uma greve geral devido a seus compromissos com o governo.

O projeto que tem o apoio escancarado da Força Sindical, uma verdadeira máfia de gângsteres sindicais, e por toda a oposição burguesa, regulamenta a precarização trabalhista, estende a terceirização para todas as atividades, sem distinção de atividade-meio e atividade-fim (na verdade, o bode na sala, em última instância) e acaba com a responsabilidade solidária da empresa principal, além da chamada pejotização (a possibilidade de criação de CNPJ's em massa) dos trabalhadores, para que as empresas sejam desoneradas das obrigações sociais (previdenciárias e trabalhistas). Além disso, aprofunda a divisão dos trabalhadores e é um mecanismo brutal de rebaixamento da massa salarial no país.

Mesmo que Lula tenha se manifestado contra o projeto e recomendado seu veto à presidente Dilma, isto não exime o PT de sua responsabilidade no ataque mais geral contra os trabalhadores no que este nefasto projeto se insere, a saber: milhares de suspensões, demissões, e cortes no seguro-desemprego, pensões, PIS e nos setores essenciais como educação e saúde.

No dia 22/04, o plenário da Câmara dos Deputados votou por 230 votos a favor e 203 contra, uma chamada emenda aglutinativa, que alterou alguns pontos do projeto, mas manteve no texto-base a terceirização na atividade-fim.

 A crise entre os setores que fazem parte do governo instalou-se no Congresso Nacional, na medida em que o Senado, na figura do seu presidente, Renan Calheiros, escancarou uma fissura dentro do PMDB, principal partido da coalizão governamental, advertindo seus pares, em especial o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, de que o projeto amplamente repudiado pela população trabalhadora passará por um longo périplo institucional até transformar-se efetivamente em lei.

A Greve Geral é o único caminho para quebrar e abortar este projeto criminoso do ponto de vista das condições de vida da classe trabalhadora. Por isso, é preciso unificar as lutas em curso e produzir um gigantesco pronunciamento do proletariado contra o ajustaço do governo Dilma/PMDB/Levy.


Por um Plano de Lutas que contemple as necessidades mais prementes dos trabalhadores da cidade e do campo. 


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TRIBUNA CLASSISTA