domingo, 18 de junho de 2017

BANCÁRIOS Porto Alegre: Votar na Chapa 3

                                                                             




Passados 8 meses do final da Greve dos Bancários de 2016 e infelizmente nos deparamos com a realidade de um Acordo Bianual que na prática engessa a luta da categoria e que na época de sua imposição ajudou politicamente a governabilidade do golpista Temer e continua ajudando, pois com a atual situação político-econômica do País uma categoria forte como é a dos bancários em campanha salarial pode animar uma série de outras categorias para a luta e colocar o conjunto do regime em xeque.

Com uma derrota temporária imposta pela Burocracia Sindical à categoria com o Acordo Bianual juntamente com o agravamento da crise econômica logo após o dissídio de 2016, o Governo Temer(CEF e BB) e o Governo Sartori (Banrisul) impuseram planos de demissões e aposentadorias voluntárias para milhares de bancários; além de fecharem centenas de agências, levando a precarização do atendimento à população, aumentando o excesso de trabalho para os bancários da ativa e subindo as taxas de adoecimento dos trabalhadores bancários. Esses programas no seu conjunto recebem o pomposo nome administrativo de Reestruturação Bancária, que deve ser lido como: enxugar hoje para privatizar amanhã. Mais uma carta na manga dos governos capitalistas de plantão. Com um visível sucateamento das agências da Caixa Federal e do Banco do Brasil.

Enquanto isto no período de 1 ano, os Bancos Privados demitiram em torno de 17.000 bancários em todo o País, sem quase nenhuma luta dos Sindicatos administrados pela Burocracia Sindical. Mas o lucro dos maiores bancos em nesse período ficou em torno de R$ 30 Bilhões. No entanto, sendo o setor bancário o mais rico do País é campeão de reclamações dos clientes e remunera mal os bancários.

Defendemos a Não Privatização do Banrisul e o Serviço Público deve sob controle dos Trabalhadores. Além se seqüestrar mensalmente o salário dos servidores, o Governo Sartori quer privatizar inicialmente a CEEE, a CRM e a SULGÁS e num segundo momento tentar privatizar o Banrisul; os bancários do Banrisul já deram demonstração que vão lutar para isto não acontecer.

É preciso ganhar as ruas contra Temer e Sartori. Agora, no início do dissídio de 2017, os bancários precisam lutar por suas reivindicações prementes, inclusive lutar pela superação política de conciliação da Burocracia Sindical com os Banqueiros/Governos que historicamente só prejudica a categoria.

Os Planos de Saúde dos bancários só pioram, gerando mais enriquecimento para os Bancos. Os principais Fundos de Pensões estão atolados em rombos bilionários por má gestão e denúncias de corrupções. Existe uma brutal defasagem no número de bancários necessários para atender dignamente a população. Os aposentados são a parcela mais atacada da categoria. Defasagem nas aposentadorias, planos de saúde piorados, ficam com os seus direitos fora das reivindicações nos dissídios, etc.

Na Terceirização, os bancos estão entre os setores que mais exploram os terceirizados. Existem dados que no setor financeiro com 1,5 milhão de trabalhadores no Brasil, existem mais de 800 mil terceirizados.

Chamamos o voto na chapa 3 pela independência política do sindicato dos bancários frente aos governos burgueses e aos banqueiros.

Damos a este voto um caráter antiburocrático e contra a política de conciliação de classes da burocracia sindical e seus acólitos.