Depois de oito dias de iniciada, 19/09, os sindicatos dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão aderiram à GREVE dos CORREIOS (claro que pressionados pela categoria), após assembleias em toda sua base. Co-irmã dos patrões da ECT, a FINDECT (PC do B), não havia aderido ainda ao movimento paredista.
São 35 bases sindicais em greve,
em todo país, que continua firme, até por ter conquistada agora adesão em todos Estados
brasileiros. Somente o sindicato da cidade de Bauru, em São Paulo, fechou o
acordo com a empresa, até o momento. As outras cidades deste Estado, incluindo
a capital, continuam em greve, e não aderiram à proposta da ECT.
Não que a FENTECT não tenha dado,
anteriormente, inúmeras travadas nos movimentos pró grevistas, como foi
na ocasião da votação da MP 532 (implementadora da privatização), onde a
resistência partiu do Rio Grande do Sul, Espírito Santos, Acre e Bahia, mas
tendo sido de maneira relativamente fácil aprovada esta criminosa MP no
congresso, e contra os trabalhadores dos Correios (ainda no governo Dilma).
Desta vez, "empurrada"
pela base, a FENTECT (PT) decretou Greve Geral por tempo indeterminado da
categoria. O governo Temer, o "direitália nº 1" da
nação, que possui neste momento ínfimos 3% de popularidade, o pior índice desde
os governos da ditadura militar, coloca em marcha descaradamente as
privatizações de todas estatais, (não que os anteriores da esquerda
colaboracionista não tenham "escamoteadamente" também as realizado,
ou "aplainado" o caminho para fazê-las). O imperialismo só "não
gostou" do "modo lerdo" a qual as estavam
"implementando". Por isto resolveu "trocar os autores desta
empreitada", promovendo o golpe parlamentar no Brasil.
No Brasil, os Correios tentam
também resistir, através de seus trabalhadores, pois sabem que é a
"destruição total", de suas conquistas e direitos como a saúde,
salário, trabalho, etc. inclusive da sua própria empresa.
A luta de todos trabalhadores por
suas necessidades básicas de suas vidas e de suas famílias é o motivo maior para
que a greve continue por tempo indeterminado, até que a empresa atenda as suas reivindicações.
A empresa oferece apenas 3% de reposição
salarial a partir de janeiro, ticket de R$45,00, quer fechar 250 agências das
6.500 existentes em todo o país, reduzir o quadro funcional, fazer uma
"reestruturação" ou "demissões" de "funcionários
concursados", e "ameaça" de privatização.
Os trabalhadores, por outro lado,
pedem: 8% de aumento sobre o salário, 10% em cima dos benefícios, R$ 300,00
linear (a todos trabalhadores), concurso público, contra o fechamento de
agências, contra o corte de investimentos, melhores condições de trabalho,
contra pressão para aderir o PDV, contra a suspensão das férias, contra a
privatização, contra a terceirização do convênio médico e contra a cobrança de
mensalidades. Que a greve nacional siga, com toda a força. "Até a vitória!".
O que fazer: nós do Tribuna Classista
propusemos uma organização geral de todos os trabalhadores que produzem e
necessitam sobreviver obrigatoriamente de seu trabalho. Que se faça um
"CONGRESSO NACIONAL" de trabalhadores, para deliberar quais as
necessidades mais prementes da classe que produz as riquezas destes pais. Ex:
Moradia, saúde, educação, transporte, lazer, alimentação, e tudo aquilo que é
mais necessário para ele e sua família. Convocando em seguida uma "ASSEMBLEIA
CONSTITUINTE". Para que seja implementado, este congresso deve ser
convocado na base das centrais sindicais.
- Pela vitória da Greve dos
Correios nacionalmente.
- Que a CUT, CSP/CONLUTAS, CTB,
INTERSINDICAL, e todas as Centrais de Trabalhadores convoquem um Congresso
Nacional da Classe Trabalhadora brasileira, para aprovar um Plano de Lutas
contra todos os ataques do governo Temer, bem como dos governadores e prefeitos
e do Imperialismo.
- Por uma América Latina Socialista!
- Por uma América Latina Socialista!